Instinto materno: desmamar os filhotes antes dos 45 dias pode colocar o desenvolvimento em risco?
No reino animal, especialmente entre os mamíferos, o instinto materno das fêmeas é tão aguçado quanto o das mulheres, na raça humana. E por mais incrível que possa parecer, esse instinto não é liberado apenas pelos hormônios; o mesmo também é gerado pelo aprendizado. Quando os filhotes recebem a atenção da mãe, é provável que se tornem adultos responsáveis por suas crias.
Segundo o zootecnista Eduardo Almeida, da Zoo Pet, os proprietários precisam lembrar que o período que as fêmeas dedicam aos cuidados com os filhotes é essencial para que cresçam com saúde. Logo que nascem, eles precisam ser aquecidos pelo corpo da mãe, recebem a higiene necessária e alimentação adequada. Sem falar na segurança.
O instinto materno é algo forte e presente na vida dos animais, por isso, não é aconselhável desmamar os filhotes cedo demais. Conforme Eduardo, há proprietários que relatam que seus cães matam os próprios filhotes por falta de cuidado ou até mesmo os agredindo. Provavelmente esses animais foram desmamados antes dos 30 dias. Claro que existem as exceções, mas é uma problemática real.
No caso dos felinos, por exemplo, quando tirados da mãe muito novos, os gatinhos podem desenvolver na fase adulta um temperamento mais arisco. A ciência explica: assim como os seres humanos, os animais também precisam de atenção nos primeiros dias de vida para sobreviver e socializar com os demais.
Após os cuidados, eles
seguem seu caminho
As fêmeas são dedicadas. Desde a hora do parto os cuidados já iniciam. Primeiro elas cortam o cordão umbilical e já preservam a vida do filhote regulando a temperatura corporal. Geralmente, elas deitam bem próximas dos pequenos para que a troca de calor aconteça. As mamães têm a missão também de estimular os filhotes para que comecem a fazer suas necessidades, por meio de lambidas. O leite é suficiente para mantê-los fortes e imunes das principais doenças. “Por pelo menos 30 dias as fêmeas são 100% responsáveis pelas crias.”
Após todo esse cuidado maternal, as crias ficam independentes, ganham a liberdade. Segundo o zootecnista, os animais domésticos se desligam das mães bem cedo. Na natureza, o macho geralmente fica dependente até o 6º mês de vida; a fêmea é acompanhada até o 2º cio. “Eu recomendo aos meus clientes que só adotem os bichos quando já tiverem 45 dias, antes disso é totalmente desaconselhável. Afinal, os filhotes ficam muito suscetíveis a infecções e problemas de saúde. Alguns morrem por desnutrição. Digo sempre: por maior que seja a dedicação do dono, nunca será maior que o cuidado da mãe.”
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